São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996
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Confecções esperam vender 10% menos

FÁTIMA FERNANDES; MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem todos os setores da indústria de bens de consumo estão otimistas quanto ao ritmo de consumo neste semestre.
As confecções, por exemplo, que bateram recorde de vendas no ano passado -4,1 bilhões de peças-, esperam para este ano queda de 10,7% no volume de negócios.
Com isso, só em abril 8.381 trabalhadores foram demitidos. As confecções terminaram o mês de abril empregando 746,7 mil pessoas.
Milton Ferrari, diretor da Associação Brasileira da Indústria do Papelão Ondulado, confirma o desaquecimento do setor têxtil. "A indústria têxtil foi uma das que mais cortou as compras de embalagens de papelão nos últimos meses."
Roberto Chadad, presidente da Abravest, não descarta, porém, a possibilidade de que essa tendência seja revertida nos próximos três meses.
"É que a coleção primavera-verão pode alavancar as vendas porque os preços dos artigos são mais baratos do que os da coleção outono-inverno."
Concorrência externa
Outro fator que pode, dentro de algum tempo, melhorar as vendas da indústria têxtil nacional é a decisão do governo de impor cotas às importações de países asiáticos, os chamados "tigres", e do Panamá.
A medida, anunciada na semana passada, entra em vigor no dia 1º de junho.
(FF e MCh)

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