São Paulo, quinta-feira, 6 de junho de 1996 |
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Brasileira já liderou discussão
DANIELA FALCÃO
O texto que está sendo discutido em Istambul foi elaborado pelo grupo coordenado por ela. Em Nova York, a delegação brasileira foi escolhida para redigir os parágrafos sobre o direito à moradia porque o país tinha uma posição "moderada" sobre o assunto. No início dos debates em Nova York, o Brasil era contrário à utilização do termo "direito à moradia", preferindo "direito ao acesso à moradia". A delegação mudou de opinião ao longo da reunião preparatória por entender que o uso da expressão "direito à moradia" não implicava em uma obrigação de o governo prover, imediatamente, habitação para toda a população. A argumentação do Brasil é que o direito à moradia é de origem programática, e, por isso, não poderia ser cobrado na Justiça. O Brasil incluiu no texto que o direito à moradia deveria ser implementado progressivamente. Ao fim do encontro em Nova York, só EUA, Japão e Coréia continuavam contra a redação proposta por Nicodemus. Marcela Nicodemus nasceu em Petrópolis (RJ) e é formada em direito. Atualmente, chefia a Divisão de Temas Sociais do Departamento de Direitos Humanos do Itamaraty. Texto Anterior: ONU cria um novo grupo para a moradia Próximo Texto: Falta de água pode ser motivo de guerra Índice |
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