São Paulo, domingo, 16 de junho de 1996 |
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Clube dos 13 vê defasagem
HUMBERTO SACCOMANDI
Ele está negociando o valor dos direitos de TV do Brasileiro-96 e a renovação do contrato para 97. Para Koff, os clubes brasileiros não sabem a força que têm e nem o valor do futebol. (HuSa) * Folha - A negociação com as TVs é bem feita no Brasil? Koff - A remuneração paga pelas TVs está muito aquém do que achamos adequado. O Brasil tem o melhor futebol do mundo, a melhor mercadoria. Há um desajuste, os valores são ridículos. Folha - E por que os clubes aceitam isso? Koff - Há resistência dos clubes, que não sabem a força que têm e têm medo de mudar as coisas. Os clubes paulistas ganham um pouco no campeonato estadual e ficam satisfeitos. A CBF precisa se conscientizar também de que vai perder espaço. Folha - Senão... Koff - Podemos formar uma liga, que organizaria o campeonato e negociaria os direitos. É assim que funciona na Europa. Pode-se muito bem compatibilizar a liga com a CBF. Folha - Quanto vale o Campeonato Brasileiro 96? Koff - Estamos negociando um reajuste de 70% a 80% em relação aos R$ 10 milhões contratuais do ano passado. Mas ainda não é suficiente. Sei que na Argentina eles arrecadam mais. O contrato em vigor termina neste ano. Para o próximo, vamos mudar. Folha - Mas a desorganização do futebol no Brasil não atrapalha as vendas? Koff - Se a mercadoria que está aí não é a melhor para as TVs, elas podem discutir isso conosco. Texto Anterior: TV rende mais aos torneios 'vizinhos' Próximo Texto: Palmeiras já não oferece a expectativa do gol Índice |
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