São Paulo, domingo, 16 de junho de 1996
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"Processo é jurássico", reclama compradora

DA REPORTAGEM LOCAL

A historiadora Cristiane Lavor Limeira, 40, levou um mês, no ano passado, para reunir toda a documentação exigida pela CEF para resgatar o FGTS e comprar um apartamento.
Ela chegou a acionar um sobrinho e uma amiga para percorrer os 18 cartórios de registro de imóveis de São Paulo.
Mesmo assim, ela perdeu um dia de trabalho para conseguir as certidões negativas exigidas.
"O metrô estava em greve naquele dia. Para piorar, acabei sendo assaltada." Cristiane ficou sem seus documentos.
Por sorte, tinha cópias autenticadas da carteira identidade, do CIC e do título de eleitor e conseguiu levar o processo em frente. "Tive de voltar a todos os cartórios para retirar as certidões."
Ela diz que o resgate do FGTS é muito complicado. "Na CEF, não me explicaram direito o que devia fazer."
Seu processo, ao todo, levou dois meses. "O processo de resgate do FGTS é jurássico".
O engenheiro florestal Luís Fernando Galli, 46, que vendeu o imóvel, queixou-se da complicação do processo. "Não venderia um imóvel dessa maneira de novo."

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