São Paulo, domingo, 16 de junho de 1996 |
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Sem-terra conquistam espaço no horário nobre com "O Rei do Gado"
ARMANDO ANTENORE
O autor vai abrir espaço para o movimento dos sem-terra e a ocupação de propriedades tidas como improdutivas. Outras histórias de Ruy Barbosa já discutiram as mazelas dos trabalhadores rurais. Nunca, porém, o assunto mereceu tratamento tão realista. Em "Renascer", por exemplo, o autor deu vida a Tião Galinha, lavrador que atravessava os dias sonhando com um "pedacinho de chão" para criar os filhos. A Globo exibiu a trama entre março e novembro de 1993. O personagem acabou por se suicidar. "Era um sujeito quixotesco, despolitizado, bem diferente dos bóias-frias que irei mostrar em 'O Rei do Gado'", compara Ruy Barbosa. Com direção de Luiz Fernando Carvalho, a novela tem duas fases. A primeira se passa nos anos 40 e dura apenas sete capítulos. Os protagonistas são os Berdinazi e os Mezenga, famílias rivais que cultivam café em São Paulo. A segunda fase se desenrola nos dias de hoje e retrata os descendentes dos clãs originais. Antônio Fagundes, Tarcísio Meira, Vera Fischer e Raul Cortez encabeçam o elenco. (Armando Antenore) Texto Anterior: CARTAS Próximo Texto: Líder de bóias-frias rejeita política Índice |
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