São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996 |
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MST bloqueia estradas hoje
GEORGE ALONSO
A orientação nacional do MST é que os bloqueios -onde for possível realizá-los- sejam "temporários e pacíficos". "Vamos divulgar a reforma agrária. É uma forma dos sem-terra fazerem greve. Aliás, os sem-terra estão em greve permanente, porque não têm terra para trabalhar", afirmou Gilmar Mauro, líder da entidade. Em São Paulo, haverá protestos (atos públicos, caminhadas e bloqueios) em várias cidades do Pontal do Paranapanema e em outras regiões (Bauru, Iaras, Andradina, Promissão e Sorocaba). Nesta última, pode haver bloqueio "rápido" na via Castelo Branco. Em todos os 21 Estados em que está organizado (mais Brasília), o MST fará manifestações -sozinho ou apoiando sindicatos. O objetivo principal do MST é aproveitar a greve geral para reforçar, principalmente nos municípios do interior, que a reforma agrária viabiliza as pequenas e médias cidades. Fora do controle O dirigente do MST aproveitou o envolvimento com a greve geral para negar que o movimento esteja mais radical do que antes. "Agimos como sempre agimos." Também negou que, com a proximidade das eleições, as invasões sejam intensificadas, para que se tornem um trunfo a favor do PT. "Hoje (ontem), ocupamos o palácio do governador do Espírito Santo, Vítor Buaiz, que é do PT, para cobrar o assentamento de 265 famílias", reagiu Mauro. A liderança do MST avalia que o governo erra ao pensar que suas bases estão fora do controle. "Temos divergências internas, mas o MST está unido. Parece que o governo FHC quer estimular uma divisão." Mas admitiu que, no Norte e no Nordeste, é impossível segurar os militantes, quando "atacados por pistoleiros". Texto Anterior: Exército fica em alerta contra sem-terra Próximo Texto: Festa de São João atrapalha a paralisação no NE Índice |
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