São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996 |
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Disputa inicia queda-de-braço eleitoral
LUCIA MARTINS
O PAS é um dos trunfos do prefeito Paulo Maluf para tentar eleger seu candidato, Celso Pitta. A crítica ao plano seria uma maneira de alavancar o candidato do governo do Estado ao pleito municipal, José Serra. "O pronto-socorro é do Estado e ponto final. Não queremos que o nosso hospital restrinja o atendimento como faz o PAS", disse o secretário estadual da Saúde, José da Silva Guedes. A crítica é comum e é baseada no fato de que o plano prevê que só podem ser atendidas nos hospitais do PAS pessoas cadastradas, com exceção dos casos de emergência. Para o secretário municipal, Roberto Paulo Richter, essa é uma atitude política. "O secretário é corporativista e um petista enrustido. Há cinco anos que trabalhamos naquele PS. Agora que queremos implantar o PAS para melhorar a saúde, eles não querem. O sr. Guedes Genoveva ou o sr. Serra Genoveva (uma referência à clínica Santa Genoveva, no Rio, onde 99 idosos morreram por maus-tratos) só estão pensando em interesses políticos." Guedes não admite está começando uma disputa política, mas não evita críticas. "Nunca escondemos que somos contra esse plano." O secretário estadual afirma que Richter não pode fazer nada contra sua decisão de retomar o PS. "O acordo feito em 83 foi informal. Temos todo direito de retomar o posto." Richter discorda. Diz que vai entrar na Justiça na segunda-feira. "Não se trata se o acordo era informal ou não. Temos o direito de continuar a trabalhar." Texto Anterior: Conflito na zona leste deixa 4 feridos Próximo Texto: PAS não usa o nº 13 para fazer 'surpresa' Índice |
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