São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996 |
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Major perde em todas frentes
IGOR GIELOW
Em seu partido, o Conservador, foi acusado de incompetência pela ala "eurocética" -que é contra a integração com a UE. "Nós ficamos sem saber se esse acordo vai pôr um selo de qualidade em nossa carne. Acho que não, e isso é ruim", disse à Folha Bill Cash, líder da bancada "eurocética" conservadora. O maior problema é que a política de retaliação contra a UE, promovida por Major, servia para agradar os "eurocéticos" e unir o partido para a eleição geral do ano que vem -que o premiê perderia se fosse hoje. Na oposição do Partido Trabalhista, que chegou a apoiar a retaliação, o acordo foi classificado de "indecente" em boletim ontem. A União Nacional dos Fazendeiros distribuiu nota à imprensa criticando o acordo. "Não há nenhum prazo definido lá", diz o texto. Como compensação, a União Européia prometeu mais US$ 680 milhões de ajuda aos criadores de gado britânicos devido à crise. Na própria UE a imagem britânica está afetada. "Esse tipo de coisa não se esquece. O preço a ser pago será alto", disse o premiê sueco, Goran Perrson. "Acabou nossa paciência", disse o chanceler Franz Vranitzky (Áustria). "Para erradicar a doença, Londres deve gastar dez anos", disse o ministro da Agricultura alemão, Jochen Borchert. (IG) Texto Anterior: Acordo acaba com "guerra da carne" Próximo Texto: 'Vaca' adia debate sobre emprego Índice |
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