São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 1996
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Entidade vai avaliar lista

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As 22 editoras que fazem parte da Abrelivros (Associação Brasileira das Editoras de Livros Didáticos) vão se reunir amanhã para avaliar a lista.
Segundo Wander Soares, vice-presidente da Abrelivros, se houver discordância dos pareceres do MEC, as editoras vão recorrer.
"Os autores estão analisando os pareceres que apontam os erros. Alguns concordaram e já se prontificaram a fazer as modificações necessárias. Mas, quem discordar, poderá recorrer e pedir retratação", disse Wander Soares.
O vice-presidente da Abrelivros disse ontem que a divulgação da lista de livros excluídos foi uma atitude coerente do ministro Paulo Renato Souza (Educação).
"Depois de muita hesitação e correria, parece que ministro está sendo mais coerente. Não entendi por que houve tanto mistério na divulgação da lista", afirmou Soares.
O vice-presidente da Abrelivros elogiou a avaliação dos livros didáticos, mas afirmou que ainda dá para melhorar.
Segundo Soares, o processo foi "um pouco atropelado". Ele acredita que, em 1997, a avaliação poderá ser feita com "mais calma".
Para Soares, o livro didático no Brasil é muito importante porque, em muitas regiões, ele é a única informação que o aluno e o professor têm. Ele diz que o livro didático está cumprindo um papel que deveria ser do MEC.
"Não vejo muita gente questionar que o MEC manteve professores abandonados. Já melhorou, mas eles ainda não estão dando o apoio necessário", disse.
Recomendados
Além de reprovar 80 livros de 1ª à 4ª série por problemas de conteúdo, o MEC montou um guia com os livros que foram considerados de melhor qualidade pelos 50 professores que fizeram a avaliação.
Segundo a FAE, 45,7% dos professores que já enviaram sua escolha ao MEC preferiram os recomendados. Entre os livros de matemática já escolhidos, 75% eram recomendados.
Wander Soares disse que, se essa tendência for confirmada, o mercado de livros didáticos vai sofrer um impacto, uma vez que muitos dos livros que tradicionalmente eram escolhidos não foram recomendados pelo MEC.
(DF)

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