São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996 |
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Falhas e contradições na investigação
DAS 10H ÀS 11H Cena do crime é alterada antes da perícia e aberta a estranhosDomingo Um segurança tenta acordar PC e Suzana. Sem sucesso, decide arrombar a janela, com a ajuda de outro segurança. Encontram o casal morto. (11h) Os seguranças avisam Augusto Farias, irmão de PC, por telefone. (11h15) Augusto chega, vê os corpos e telefona para o secretário da Segurança de Alagoas, José Amaral. (11h30) Avisado por José Amaral, o delegado Cícero Torres chega. Já havia 20 pessoas na casa, entre parentes, seguranças e amigos. Espero que não tenham mexido muito. Antes de qualquer perito chegar, Torres mexe no corpo de PC. Levanta a camisa do pijama de PC e constata que o empresário fora baleado. Já tinha 20 pessoas na casa (12h) O secretário da Segurança chega e manda isolar a área. Só o quarto é isolado. Chama a perícia . (12h30) Chegam os peritos (Das 13h às 15h30) Peritos analisam a cena do crime, fazem 220 fotos e apreendem o revólver Rossi calibre 38. Chega o secretário da Justiça, Rubens Quintela, e o carro do IML. Quintela diz suspeitar de "queima de arquivo". Maria Auxiliadora Braulio, mãe de Suzana, e Jerônimo Marcolino, irmão, são impedidos por seguranças de PC de entrar na casa. Não deixam passar do portão. (15h45) Os corpos são retirados da casa e levados ao IML. (16h05) Corpos chegam ao IML. O diretor do IML, 16h15 às 20h Três médicos fazem a autópsia dos dois (Das 16h30 às 17h30) Enquanto a autópsia é feita, o delegado Cícero Torres diz não haver vestígios de luta ou arrombamento no quarto do empresário. Muito antes do fim da perícia, afirma ser possível concluir que PC levou um tiro à queima-roupa, enquanto dormia. Policiais federais entram no caso, mas não têm acesso à cena do crime. Só vêem os corpos no IML. Segunda (10h) Suzana é enterrada 23 horas depois de encontrada morta. (15h) O corpo de PC é enterrado 28 horas após ter sido encontrado. (10h) O perito diz não poder afirmar que as balas usadas no crime saíram do Rossi calibre 38 encontrado na casa de PC (19h) O delegado Cícero Torres afirma ser possível dizer que o Rossi calibre 38 foi a arma do crime. Fonte: Família Farias, Polícia de Alagoas, Secretaria de Segurança Pública, Polícia Federal, com horários aproximados. Texto Anterior: Arma do crime foi vendida à PM de AL Próximo Texto: Polícia comete sequência de falhas no caso Índice |
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