São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996 |
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Irmão de Suzana chama família Farias de "máfia"
LUCAS FIGUEIREDO
"Nós não queremos mexer com isso porque temos filhos para criar. Nós queremos continuar a viver", afirmou Ana Luiza, 34, que rejeita a versão de que a irmã teria matado PC e depois se suicidado. Segundo ela, a família não vai tomar a iniciativa de pedir a exumação do corpo de Suzana. A Folha revelou ontem que o corpo de Suzana apresentava um "calombo" roxo na testa, de 4 cm de diâmetro, e uma marca de 2 cm na parte interna do lábio superior. O diretor do IML de Alagoas, Marco Antônio Peixoto, 47, responsável pela autópsia, diz que os corpos não tinham lesões resultantes de luta corporal. Na opinião do legista Nelson Massini, da Universidade Federal do RJ, o "calombo" na testa de Suzana é um "forte indicativo" de lesão ocorrida antes da morte. Essa hipótese contraria versão da Polícia Civil de Alagoas de que PC foi morto pela namorada enquanto dormia, sem luta corporal. "Além da mancha na testa e do corte no lábio, havia também outro hematoma, na perna. É estranho que isso tenha acontecido", disse o irmão de Suzana, que reconheceu o corpo no IML. Apesar dos indícios, Jerônimo diz que a família dela não tomará a iniciativa pedir aprofundamento nas investigações. "Nós não podemos de maneira alguma dizer realmente o que nós pensamos", disse a irmã de Suzana. "Minha mãe (Maria Auxiliadora Braulio) chegou a dizer: 'minha filha, tome cuidado, porque esse homem é um alvo muito grande. Ele tem esses problemas todos com a Justiça"', disse Ana Luiza. Ana Luiza afirmou que a irmã se sentia segura com PC por ele ter "muitos seguranças". Texto Anterior: Jobim e PF querem assumir investigação Próximo Texto: Suzana sabia demais sobre PC, diz irmã Índice |
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