São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996 |
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Ausência de PC prejudica defesa de Zélia
XICO SÁ
No seu depoimento, que estava previsto para a próxima sexta, o ex-tesoureiro iria inocentar a ex-ministra da Economia do governo Fernando Collor (1990-92). Ela é acusada de se beneficiar indiretamente, por intermédio de assessores, do depósito de R$ 250 mil (valor atualizado) que teria origem no chamado "esquema PC". Esse valor em dinheiro foi localizado em contas bancárias de João Camargo, ex-assessor de Zélia. A descoberta aconteceu por ocasião do rastreamento de cheques dos correntistas "fantasmas" criados por PC Farias. Por meio de correntistas inexistentes eram movimentadas as contas. Propina Segundo investigações feitas pela CPI do Collorgate, Ministério Público e Polícia Federal, o dinheiro seria o pagamento de propina ao comando do Ministério da Economia na gestão de Zélia Cardoso. O que levou a essa conclusão, segundo a PF, foi a "coincidência" entre a data do depósito dos R$ 250 mil e um ato do ministério que reajustou as tarifas de ônibus conforme vinha sendo solicitado pelas empresas filiadas à Rodonal. No cruzamento das investigações também foram localizados depósitos da Rodonal em contas abertas de PC Farias. Despesa eleitoral Seguindo a sua linha de defesa -a que havia praticado crimes eleitorais-, o ex-tesoureiro iria dizer que os recursos não eram destinados à ex-ministra Zélia e sim para uma campanha política. A candidatura beneficiada com o dinheiro seria, segundo a defesa de PC, a do empresário José Carmargo, pai de João Camargo, o ex-assessor de Zélia. João repassaria, ainda de acordo com a defesa traçada pelos advogados de PC Farias, o depósito de R$ 250 mil para a campanha do pai, concorrente a uma vaga de deputado estadual em 1990. Texto Anterior: 'Conclusões são prematuras' Próximo Texto: Ex-ministra responsabiliza seu secretário Índice |
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