São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Chileno que montou a fuga de PC ajuda fraudadora do INSS

Mulher que deu golpe de US$ 114 milhões vive na Costa Rica

DA REPORTAGEM LOCAL

José Ramon Irribarra -o chileno que montou o esquema de fuga de PC Farias, em junho de 93- dá proteção atualmente a Jorgina de Freitas Fernandes, que fugiu do país após ser condenada por um golpe de US$ 114 milhões no INSS. A informação consta de série de reportagens que a Rede Bandeirantes começou a exibir ontem.
Depois de passar por três países, ela fixou residência em 94 na Costa Rica, na América Central. Mas está fugindo da polícia local desde junho de 94, quando sua prisão foi decretada a pedido do Brasil.
Jorgina é considerada a mulher mais rica da Costa Rica. Os US$ 114 milhões que fraudou do INSS -a maior parte em processos fraudulentos de aposentadorias - representam 10% do US$ 1,1 bilhão do orçamento anual de todo o país.
Moram em San José seus dois filhos -Celso Luís, 14, e Maria Isabel, 13-, além de sua mãe, Florinda. Jorgina tem fugido de todos os cercos feitos pela polícia. Irribara, que colabora nas fugas, segundo a embaixada brasileira, recebeu US$ 1 milhão na fuga de PC.
Mas a Embaixada do Brasil em San José acredita que o cerco sobre seus familiares pode surtir efeito. Com vistos vencidos, os filhos e a mãe da foragida devem ser deportados para o Brasil.
Ex-procuradora do INSS, Jorgina é acusada de envolvimento em esquema de fraudes que causou prejuízos de US$ 2 bilhões à Previdência. Juízes, advogados e procuradores do INSS também envolvidos no caso estão presos no Rio.
A Justiça brasileira condenou Jorgina a 25 anos de prisão. A pedido do Brasil, a Justiça americana bloqueou US$ 25 milhões de depósitos dela em bancos dos EUA.

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