São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996 |
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Estilo vaidoso marca policial
ROGERIO SCHLEGEL
Ele traz de cabeça detalhes de cada um dos sete casos em que teve de atravessar a fronteira do Estado de Minas Gerais para estourar cativeiros, libertar reféns ou prender sequestradores. Reis deu ordens para que Hosmany não fosse fotografado anteontem e ontem, mas permitiu fotos no momento em que chegou ao hospital. Ele aparece ao lado do cirurgião em todas as imagens feitas pela imprensa. A seguir, trecho de entrevista concedida por Reis. (RSc) * Pergunta - O sr. vai voltar a ouvir Hosmany? João Reis -Ele prestou depoimento como Rafael Nonato Filho. Agora, vamos ouvi-lo novamente e fazer uma retificação do nome, para que conste Hosmany Ramos. Pergunta - O advogado de Hosmany disse que vai pedir anulação de seu primeiro depoimento, por ele não estar acompanhado de advogado. Não é o caso? Reis - Não se trata de um novo depoimento. Evidentemente que vamos ouvi-lo novamente, mas não é atendendo a pedido desse causídico nem coisa nenhuma. É nosso dever, é o nosso ofício. Ele terá de prestar depoimento porque na verdade tem outro nome. Pergunta - Por que Hosmany foi proibido de dar entrevistas? Reis - É pela exiguidade de tempo. Ele vai entrar na cirurgia agora (ontem à tarde). Antes, ele não pôde dar declarações porque não tinha passado pelo interrogatório. Isso é uma praxe que a polícia usa. Amanhã (hoje), ele poderá falar quando quiser. Pergunta - Por que houve tanta demora no atendimento de Hosmany e de Cristiam, que foram trazidos de Campinas? Reis - Hosmany, ao ser preso, informara que o cativeiro era em Pouso Alegre. Ao chegar aqui ele disse que precisava ser medicado. Nós o levamos na hora. Ele tem uma esperteza mental muito grande e, diante da rapidez com que foi atendido, decidiu falar que o cativeiro era em Governador Valadares. Texto Anterior: Ribeirão protesta contra violência hoje Próximo Texto: Policial fica dentro de quarto Índice |
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