São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Policial fica dentro de quarto

DO ENVIADO A POUSO ALEGRE

Pelo menos 20 homens da PM, além de policiais civis, fazem a segurança de Hosmany no hospital Samuel Libânio, em Porto Alegre.
Ele é mantido em uma ala isolada. Na frente do hospital, há PMs armados de escopetas e revólveres e com cachorros. Nos corredores, PMs com metralhadoras fazem a vigilância. Um policial fica o tempo todo dentro do quarto.
A polícia mineira voltou a impedir que Hosmany Ramos desse entrevistas ontem. Antes de sua operação, iniciada às 17h, foi permitido aos fotógrafos e cinegrafistas fazer apenas imagens do cirurgião.
O delegado João Reis disse que o procedimento foi adotado para não atrapalhar a investigação.
Reis disse acreditar que a informação de que o cirurgião pretendia usar o dinheiro conseguido no sequestro para viajar à Irlanda e se engajar ao grupo terrorista IRA não tem fundamento.
"Isso não passa de fantasia, assim como a primeira informação que Hosmany deu em uma entrevista à televisão, dizendo querer se juntar ao grupo", afirmou.
A polícia mineira acredita que Hosmany tenha conhecido na prisão de Avaré (SP) os outros integrantes da quadrilha.
Hosmany e Antônio de Pádua, que estava no carro que tentou pegar o resgate, mas conseguiu fugir, cumpriram pena no presídio. O comerciante João Reis, pai de Cristiam Guerreiro Reis, 20, que dirigia o carro, disse anteontem que seu filho é um "iniciante" no mundo do crime.

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