São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Indústria paulista volta a contratar

DA REPORTAGEM LOCAL

O nível de emprego na indústria paulista registrou aumento de 0,02% na segunda semana de junho, de acordo com pesquisa do Depea -departamento de pesquisa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Desde abril de 95, não havia registro de alta no nível de emprego. Na última semana de abril do ano passado, o índice foi de 0,13%, com a abertura de 3.159 vagas.
Apesar de positiva, a taxa na segunda semana deste mês não representa reversão clara de tendência, segundo a Fiesp. Aponta mais para a estabilidade, depois de meses consecutivos de queda.
Em janeiro de 96, o índice foi de -1,35%, ou -28.842 vagas; em fevereiro, de -1,17% (-24.901); em março, -0,87% (-18.274); em abril, -0,62% (-13.010); e em maio, -0,57% (-11.790).
O índice de 0,02% representa a abertura de 503 novas vagas. O acumulado de junho ainda é de -0,07% (estava em -0,09%). Somando as primeiras duas semanas, foram fechadas 1.316 vagas.
Neste ano, o acumulado chega a -4,57%, o que equivale ao fechamento de 98.133 postos de trabalho. O índice acumulado nos últimos 12 meses é de -12,89% (menos 304.564 vagas).
Os números divulgados ontem referem-se ao período de 10 a 15 de junho. Dos 46 sindicatos que participaram da pesquisa, 16 setores apresentaram crescimento; 7, queda; e 23 permaneceram estáveis.
A indústria de calçados de Franca (interior de São Paulo) foi a que apresentou maior índice positivo no nível de emprego, com 1,38%, seguida pela indústria de aparelhos elétricos, eletrônicos e similares, com 0,74%.
O nível de emprego também cresceu nos setores de lâmpadas e aparelhos elétricos de iluminação (0,56%), parafusos, porcas, rebites e similares (0,56%), artefatos de borracha (0,38%) e curtimento de couros e peles (0,36%).
O setor que apresentou a maior queda foi o de forjaria, com -1,25%, seguido pelo de papelão (-1,11%), calçados em outras regiões (-0,88%), mármores e granitos (-0,59%), produtos químicos (-0,59%), componentes de veículos automotores (-0,20%) e materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários (-0,14%).

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