São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Corte no salário de Edmundo gera nova crise no Corinthians

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians cortou o salário de Edmundo pela metade, provocando nova crise de relacionamento com o atacante.
O motivo alegado para a redução foi o fato de o clube não ter conseguido vender a imagem do jogador para o mercado publicitário.
Pelo contrato assinado em janeiro, Edmundo ganharia R$ 30 mil por mês, além de outros R$ 30 mil por ceder o direito de venda de sua imagem ao Corinthians.
"A única condição é que não associassem minha imagem a empresas de material esportivo, porque tenho contrato com a Topper até julho", explicou Edmundo.
"Contrato é contrato, e eles têm que cumprir."
O presidente Alberto Dualib, que admitiu o não-pagamento de duas parcelas de R$ 30 mil ao jogador, deve se reunir hoje com o atacante para chegar a um acordo.
"Nós reabilitamos o Edmundo para o futebol, estamos melhorando a imagem dele, mas isto leva tempo", disse o dirigente, queixando-se do prejuízo da equipe no Campeonato Paulista.
A cartilha
A direção do Corinthians não pretende punir o jogador pelas declarações à imprensa, protestando contra o corte de seu salário.
Pela cartilha adotada pelo clube há uma semana, os jogadores não podem falar mal da diretoria à imprensa e ficam proibidos de levar problemas internos ao público.
"Mesmo se quisessem me punir eu não aceitaria, porque não fiz nada de errado", disse Edmundo. "Reclamei meus direitos e só falei a verdade."
No coletivo realizado pela manhã, o técnico Valdyr Espinosa testou um esquema cauteloso, com três volantes em campo.
Marcelinho Souza, que foi sondado pelo Inter-RS, deve começar o Campeonato Brasileiro, em agosto, como titular.

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