São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Empresas apostam em novos notebooks

MARIJÔ ZILVETI
DA ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK

As vendas de micros portáteis vão representar este ano crescimento de 28%, contra 17% das máquinas de mesa, segundo institutos de pesquisa nos EUA.
O primeiro lugar no ranking mundial pertence à Toshiba, que, durante a PC Expo, apresentou modelos com o processador Pentium de 133 MHz.
A Compaq quer retomar a liderança perdida para a Toshiba em 93 e lançou duas famílias de notebooks Pentium de 100 MHz.
O anúncio foi feito com pompa no Lincoln Center, local tradicional de Nova York em exposições de arte e recitais de música clássica.
Está claro que o segundo lugar não interessa à Compaq. Mike Winkler, da divisão de portáteis, apresentou algumas armas para tentar reassumir a liderança.
A família Armada traz o 1.100, modelo básico, com preço atrativo: US$ 1.800, nos EUA. Apesar de não haver mais reserva de mercado, essa máquina foi anunciada por US$ 3.500 para o Brasil.
O diretor de assuntos corporativos da Compaq Brasil, Fernando Loureiro, diz que a empresa aguarda portaria do governo com redução de impostos para portáteis, para poder trazer a nova linha em julho a um preço mais baixo que o anunciado pela matriz.
No Peru e no Chile, onde também não há reserva de mercado para importados, o mesmo modelo chega por US$ 2.093 e US$ 2.254, respectivamente.
A Toshiba, que lidera com margem folgada de 20% a venda de notebooks -a Compaq, em segundo, tem 9%-, compareceu com modelos mais arrojados.
A NEC não deixou por menos. Apresentou máquinas Pentium com telas coloridas de matriz ativa. Empresas como Hitachi, Acer e Samsung mantiveram em seus estandes máquinas com Pentium de 133 MHz, com leitores de CD-ROM de quádrupla ou sêxtupla velocidade.
Produção nacional
No Brasil, há um empate técnico pela liderança na venda de portáteis. A Compaq tem 18% da fatia; a IBM, entre 16,5% e 17%.
Para ganhar supremacia sobre a IBM, um novo anúncio da Compaq: começa a produzir notebooks no Brasil em maio de 1997.
A divulgação, feita por Manuel Parra, vice-presidente e diretor-geral para América Latina e Caribe, tem tiro certeiro.
A montagem de notebooks no país atende às regras do processo produtivo básico e se beneficia da isenção de IPI e redução de ICMS.

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