São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996 |
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BB luta para voltar ao topo do ranking
GUSTAVO PATÚ
Com isso, a participação da União no capital do banco subiu de 29% para 76%. A equipe do presidente do BB, Paulo César Ximenes, faz hoje a avaliação óbvia: o fracasso da venda de ações foi consequência da perda de credibilidade junto ao mercado. Para o segundo semestre há um cenário traçado, baseado na previsão de prejuízo de R$ 6 bilhões no primeiro semestre. Como o dinheiro que entrou na capitalização deve superar o prejuízo em R$ 2 bilhões, o patrimônio líquido subirá de R$ 3,5 bilhões para R$ 5,5 bilhões. Isso significa retomar o posto de maior banco do país, perdido, pela ordem, para Bradesco, Itaú e CEF na comparação dos balanços do final de 95. Uso político O desafio do BB é provar que os anos de uso político -que o levaram a registrar o maior prejuízo da história bancária mundial, de R$ 4,2 bilhões em 1995- se foram. Problema: o mecanismo que, segundo o governo, garantiria a gestão profissional do banco foi inviabilizado pelo fracasso do programa de capitalização. Com o programa, o Conselho de Administração do BB passou a ter sete membros: quatro representantes da União, dois dos acionistas minoritários e um dos funcionários. As decisões requerem a aprovação de cinco membros. Teoricamente, é um modelo mais profissional do que o anterior, de cinco membros -quatro da União e um dos funcionários. Só que quase não há mais acionistas privados para compor o conselho. O único acionista privado importante que restou no BB foi o Previ, o fundo de pensão dos funcionários, que comprou R$ 1,08 bilhão em ações na capitalização e deverá ficar com 11% do capital. A outra parte da recuperação do BB é o programa de recuperação de empréstimos atrasados, fechamento de agências deficitárias e redução de pessoal. Foram fechadas 360 agências e postos de atendimento -de 4.990 para 4.630. Texto Anterior: Maior do país espera estabilidade Próximo Texto: Concorrência reduz margem de lucro Índice |
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