São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
País pode ter epidemia de dengue e febre amarela
DANIELA FALCÃO
O motivo é o aumento no número de municípios brasileiros com focos do mosquito Aedes aegypti (transmissor dessas doenças). Em 1996, 1.781 municípios registraram a presença do mosquito. Só dois Estados estão livres do Aedes aegypti: Amazonas e Amapá. Os Estados com maior número de municípios com focos do mosquito são São Paulo (403), Paraná (249) e Bahia (150). Segundo Jaime Callado, secretário-executivo do Plano Diretor de Erradicação do Aedes aegypti, são altos os riscos de urbanização da febre amarela no Brasil. Isso aconteceria porque as pessoas que contraem febre amarela na região amazônica -onde há endemia da doença- costumam se tratar em centros urbanos. Caso seja registrada a ocorrência de febre amarela fora da região amazônica, o Brasil é obrigado a notificar a Organização Mundial da Saúde, que pode ordenar o fechamento de portos e aeroportos. "Em uma cidade como o Rio, a ocorrência de um caso de febre amarela seria uma catástrofe. Ninguém desembarcaria nos aeroportos, e navios teriam de atracar em outro porto", afirmou Callado. A Fundação Nacional de Saúde é o órgão do governo federal responsável pelo controle do mosquito. Há 16 mil homens trabalhando, número insuficiente. Segundo Callado, o governo federal não tem condições de intensificar o combate. "A solução são convênios com Estados e municípios." Texto Anterior: Clínica em Santos não obedece à interdição Próximo Texto: Dengue atingiu 60 mil este ano Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |