São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996
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Acordo entre British e AA está ameaçado

Cresce oposição contra o negócio

IGOR GIELOW
DE LONDRES

A oposição ao acordo entre a American Airlines e a British Airways, duas das maiores companhias aéreas do mundo, cresceu nesta semana e ameaça o negócio.
O acordo, ainda no papel, prevê uma parceria total entre as duas empresas na coordenação de rotas e serviços. Para ser implementado, necessita de um acerto entre os governos dos EUA e Reino Unido.
É o chamado "open skies" ("céus abertos", em inglês), acerto no qual os dois países derrubam suas barreiras na zona de atuação das duas empresas interessadas.
Em Paris, representantes dos governos e das empresas receberam três novos pedidos de obstrução do acordo: da United Airlines (que possui acordo semelhante com a alemã Lufthansa), da TWA e da Continental Airlines.
A alegação é a mesma da Virgin Atlantic, cujo chairman Richard Branson está nos EUA fazendo lobby no Congresso contra o acordo: as rotas do Atlântico Norte seriam dominadas pelas empresas, que já têm 60% do mercado.
Hoje a Virgin Atlantic é a terceira no ranking das linhas EUA-Reino Unido e Branson estima prejuízo caso o acordo seja aprovado.
Na semana passada, a Singapore Airlines havia alegado que o acordo é anticomercial. Mesma observação foi feita pela Emirates, dos Emirados Árabes Unidos.
A União Européia também está analisando os termos. No acordo entre a United e a Lufthansa, a entidade influiu para evitar o fim da concorrência em algumas rotas operadas em conexão com uma terceira companhia, a SAS.
Heathrow
O problema que está sendo discutido em Paris é, uma vez o acordo feito, a possibilidade de o aeroporto de Heathrow (Londres) ser aberto a companhias dos EUA.
Maior do mundo em fluxo de passageiros internacionais, Heathrow é a base de operações da British Airways -e tem uso restrito para todas as empresas, fora Virgin, American e Delta.

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