São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996 |
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Estudo vê maior risco no Brasil
CLÓVIS ROSSI
O jornal britânico "Financial Times" resumiu o relatório ontem, advertindo que ele contraria fortemente a posição oficial do governo brasileiro, segundo a qual não há risco de uma crise sistêmica. O presidente da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Maurício Schulman, disse ontem que a posição da entidade é a mesma do governo. "Não há um risco sistêmico." Para a agência Standard & Poor's, todos os sistemas bancários latino-americanos, exceto o do Chile, são de alto risco. "Investidores permanecem em risco quando lidam com pequenos bancos no Brasil ou bancos com um perfil financeiro débil e valor de franquia pequeno." A agência excetua alguns bancos, mas o "Financial Times" menciona só três (Bradesco, Itaú e Unibanco). As causas do risco são várias. Entre as mencionadas, está o fato de que não há um sistema para dar notas para o risco de empréstimos, como nos países desenvolvidos. O relatório critica ainda as exigências de elevadas reservas por parte dos bancos. Ao colocar o sistema bancário brasileiro como o de maior risco, a Standard & Poor's não considera a Venezuela, com crise mais grave, mas não listada entre os grandes países latino-americanos. (CR) Texto Anterior: Clinton quer aprovar 40 medidas contra o terror Próximo Texto: Descobertos manuscritos mais antigos do budismo Índice |
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