São Paulo, quarta-feira, 3 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

É impossível definir autor do sussurro, diz técnico

SAMY CHARANEK
DA FOLHA SUDESTE

O coordenador do Laboratório de Fonética Forense da Unicamp, Ricardo Molina de Figueiredo, disse que não será possível identificar a voz ouvida ao fundo da gravação que teria sido deixada por Suzana Marcolino ao dentista Fernando Colleoni.
Segundo o foneticista, a má qualidade da gravação e a fraca definição dos fonemas impede uma identificação científica. "Isso não pode ser feito nem por exclusão entre os suspeitos", afirmou.
O sussurro que aparece no primeiro telefonema gravado pode ser de um homem, segundo Figueiredo. Disse que a pessoa não usa as cordas vocais ao sussurrar, o que dificulta a identificação.
Figueiredo apresentou ontem um laudo parcial sobre a cópia da gravação já analisada pelo Instituto de Criminalística de São Paulo. Há três divergências.
A Unicamp atestou que foram feitas três ligações para o dentista -e não duas, como indicara o IC-, que o horário da primeira ligação foi às 3h54min17s -e não às 2h54- e que a frase "tamo esperando", descrita pelo IC, não foi pronunciada.

Texto Anterior: Suzana ligou para dentista três dias antes de morrer
Próximo Texto: A filtragem da voz
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.