São Paulo, quarta-feira, 3 de julho de 1996
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Atendimento continua ruim, diz usuário

DA REPORTAGEM LOCAL

O forte esquema de segurança montado pelo governo do Estado para garantir a posse do PS do Mandaqui é a única mudança percebida pelos seus usuários desde que o governo do Estado passou a administrá-lo.
"O atendimento continua ruim e demorado", afirmou o motorista Jorge Luiz Ribeiro, 41, que foi levado ao PS ontem com suspeita de fratura no tornozelo. "Estou aqui faz quase uma hora", afirmou. "Tirando os seguranças, continua tudo igual."
Às 15h de ontem, cerca de 80 pessoas, entre pacientes e familiares, estavam na sala de espera do PS.
O vendedor Jorge Rodrigues, 45, disse que chegou às 12h. "Já tirei três chapas do joelho direito."
"A primeira não ficou boa. A segunda, os funcionários disseram que foi extraviada", afirmou.
"Bati na porta da sala de ortopedia para que os médicos dessem uma olhada na terceira, mas os dois que estavam lá conversando disseram que tinham de resolver questões importantes. Por isso continuo aqui."
A diretora técnica do hospital do Mandaqui, Nádia Romariz, não foi encontrada ontem. Em entrevista concedida na segunda-feira, ela disse que o problema da espera é "o mesmo dos outros hospitais".
Segundo ela, os casos graves são atendidos "imediatamente". "Nos outros casos, a espera acontece, principalmente, depois do primeiro atendimento, quando a pessoa espera pelo resultado dos exames", disse.
A diretora afirmou também que o PS do Mandaqui é referência terciária para toda a zona norte e algumas cidades, como Mairiporã, Caieiras e Franco da Rocha.
Funcionários
O PS do Mandaqui tem hoje 350 funcionários, entre assistentes, enfermeiros e médicos. Quando era administrado pela prefeitura, tinha 450.
Segundo o Estado, o PS estava "inchado" por pessoas que não haviam aderido ao PAS em outras regiões da cidade e acabaram sendo transferidos para lá, até que o plano fosse implantado.
A adesão de funcionários e médicos da prefeitura ao PAS é facultativa. Mas quem não adere não pode continuar a trabalhar na região onde o plano foi implantado.

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