São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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Refém era dedicada à carreira

RICARDO FELTRIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Ada Coscarella, a refém morta, trabalhava na Union Service havia um ano. Chefe de departamento pessoal, formada em direito, era solteira, sem filhos e considerada "excelente e competentíssima" pela direção da empresa.
"Era uma mulher com muita autoridade. Nós sempre brigávamos -no bom sentido, profissionalmente. Ela era rígida com o serviço, queria tudo certinho, mas os funcionários gostavam dela", disse Marco Antonio Denani, 32, gerente comercial da Union Service.
"Ela nunca quis casar. Sempre foi totalmente dedicada à carreira. Os namorados que teve nunca 'deram certo'. Só queriam o dinheiro dela", lembra a sobrinha Rosangela Coscarella di Crescenzo, 30.
Ada cuidava dos cadastros e de toda a folha de pagamentos dos contratados pela Union -cerca de 300. Tinha sob sua direção seis funcionários.
Salário de R$ 890
O sargento da PM José Carlos Tavares de Souza, 41, morto na operação, estava na corporação havia 19 anos. Ganhava R$ 890.
Era casado com Edna Tavares de Souza, estudante do 3º ano de psicologia, e tinha quatro filhos, com idades de 10 a 14 anos.
"Ele alertou a mulher de que um dia poderia não voltar mais para casa", disse um cunhado do sargento, que não se identificou.
(RF)

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