São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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ING quer participar das privatizações

Setor de energia é um dos preferidos

FLAVIO CASTELLOTTI
DA REDAÇÃO

O banco holandês ING, que comprou o inglês Barings no ano passado por US$ 1 bilhão, quer tomar parte nas grandes privatizações que vão ser efetuadas pelo governo brasileiro.
Os setores que mais interessam ao banco são energia, telefonia e serviços financeiros, segundo o presidente mundial do ING, Aad Jacobs, que está em São Paulo.
Jacobs disse que o banco vai entrar nas privatizações principalmente por meio de sua companhia seguradora.
Ele reiterou o interesse do grupo em possuir no Brasil uma companhia de seguro com serviços para pessoas físicas.
Aquisição
"Não descartamos a aquisição de uma companhia brasileira para entrar no mercado", disse ele.
O Brasil já é o segundo mercado mais rentável para o ING depois da Holanda.
O grupo pretende trazer para o país US$ 500 milhões a médio prazo (cinco a dez anos).
Hoje, o patrimônio da filial brasileira é de US$ 100 milhões.
Antes de desembarcar em São Paulo, Jacobs esteve em Buenos Aires, Argentina, e autorizou aumento de capital de US$ 55 milhões. A filial brasileira espera um "presente" ainda maior.
Confiança
Jacobs disse que tem plena confiança no sucesso do Real e não acredita que o país vá sofrer algum tipo de choque no curto prazo (seja cambial ou inflacionário).
O presidente mundial do ING reúne-se hoje com Gustavo Franco, diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, no Rio.

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