São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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Exportações recuam 6,77% em junho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As exportações de junho caíram 6,77% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O valor total embarcado para o mercado externo foi de US$ 3,84 bilhões, contra US$ 4,119 bilhões em junho de 1995.
No semestre, o balanço total das exportações alcançou US$ 22,919 bilhões. O resultado é 6,85% maior que o verificado no mesmo período do ano passado.
Esses dados, divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, sugerem resultado negativo na balança comercial (exportações menos importações) de junho.
Fatores considerados circunstanciais teriam afetado o embarque para o exterior, como a greve de seis dias na Companhia Docas do Rio de Janeiro e a queda nas vendas externas do açúcar até a terceira semana do mês.
Também influiu negativamente a parada técnica do alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional, que teria provocado diminuição de US$ 50 milhões nas exportações de laminados a frio.
Também teria afetado os resultados o atraso no embarque da soja por meio do porto de Paranaguá, no Paraná, por razões climáticas.
Isso, de acordo com a avaliação do governo, reduziu em US$ 70 milhões as exportações do produto no período.
Projeções
Se o total de importações de junho se mantiver no mesmo patamar do mês anterior, por exemplo, o déficit na balança comercial será de US$ 398 milhões.
O Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, entretanto, prefere festejar a possível superação do desequilíbrio no primeiro semestre.
Também aposta no superávit em julho e informa que os dados de junho não causam preocupação.
"O governo não trabalha com a expectativa de superávits mensais na balança comercial", explicou Maurício Cortes, secretário de Comércio Exterior do MICT.
"Mas espera uma evolução equilibrada da balança. Se houve resultado negativo em junho, neste mês pode haver superávit", completou.
Para Cortes, somente déficits significativos registrados em meses sucessivos poderiam causar dor de cabeça ao governo.
Dias úteis
O secretário de Comércio Exterior ainda justificou a queda nas exportações com o fato de que em junho houve apenas 19 dias úteis. No mesmo mês do ano passado, foram registrados dois dias a mais.
Isso contribuiu para que a média diária de exportações de junho alcançasse US$ 202,1 milhões, ou seja, 3,06% a mais que a verificada no mesmo período do ano passado (US$ 196,1 milhões).

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