São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996 |
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Fábricas investem US$ 80 mi em 97
ARTHUR PEREIRA FILHO
Isso representa 24% dos US$ 335 milhões que o setor deve aplicar em cinco anos. A afirmação é de Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos). Ele diz que 70% do total a ser investido virá de recursos próprios dos fabricantes. "Esses recursos serão gerados, em grande parte, pela própria atividade do setor nos próximos anos", afirma. O investimento é parte do acordo que estabeleceu o aumento da alíquota de importação dos brinquedos para 70%. Crédito do BNDES Os fabricantes vão recorrer a empréstimos externos, créditos de fornecedores e financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para obter os outros 30%. "Estamos tentando junto ao BNDES uma linha de financiamento específica para o setor, como a que foi aberta para a indústria têxtil", afirma Costa. Segundo o programa de investimento até o ano 2000, a maior parte dos recursos (US$ 150 milhões) será reservada para "campanhas de produtos e valorização do selo de qualidade". O desenvolvimento de produtos fica com US$ 50 milhões. Para a melhoria da qualidade e produtividade estão destinados US$ 40 milhões. O aperfeiçoamento de processos e produtos contará com US$ 30 milhões. O restante será investido em treinamento de mão-de-obra e desenvolvimento do design brasileiro. Existem 312 fabricantes de brinquedos em atividade no país. As 30 maiores empresas representam 60% da produção. Tec Toy Stefano Arnhold, presidente da Tec Toy, que detém cerca de 20% do mercado, diz que a empresa investirá este ano US$ 16 milhões em pesquisa e publicidade. A Tec Toy faturou R$ 125 milhões em 95 e prevê chegar a R$ 140 milhões este ano. O aumento da alíquota para 70%, segundo Arnhold, não altera o cálculo. "Como a Tec Toy produz brinquedos de alto valor agregado, sofre menos com a concorrência dos produtos da China." Texto Anterior: Exportações recuam 6,77% em junho Próximo Texto: Venda externa de café solúvel sobe 5,39% Índice |
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