São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Capital externo fica estável na Bovespa

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Os investimentos estrangeiros em ações na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) ficaram praticamente estáveis no mês passado.
Os fundos externos de investimento mandaram para a Bolsa paulista R$ 2,222 bilhões em junho, mas repatriaram R$ 2,211 bilhões. O saldo, insignificante para o mercado, foi de R$ 11,64 milhões.
Em maio, os "gringos" haviam investido R$ 278 milhões líquidos (fora as retiradas) na Bovespa. No acumulado do primeiro semestre do ano, o saldo ficou positivo em R$ 1,508 bilhão.
As perspectivas para este segundo semestre são otimistas. Os juros nos Estados Unidos estão e devem continuar baixos por mais alguns meses, por decisão do Federal Reserve Board (banco central norte-americano), divulgada anteontem.
Nesse cenário, os administradores de fundos dos EUA -os maiores investidores externos no Brasil- devem manter suas carteiras tupiniquins ou até aumentá-las.
Contra o aumento, pesam fatores como a eleição presidencial norte-americana (que tradicionalmente puxa as Bolsas de lá) e a morosidade no processo de reformas constitucionais no Brasil.
A favor, colaboram as eleições municipais no país. O governo está soltando aos poucos as amarras do crédito e dos juros e não irá tomar nenhuma medida recessiva antes do pleito de outubro, avaliam os especialistas. Com isso, os resultados das empresas no segundo semestre irão melhorar -ponto para as Bolsas.
Ontem, o Ibovespa (índice das ações mais negociadas) fechou em alta de 1,19%. A Bolsa de São Paulo movimentou R$ 395,9 milhões. A Bolsa do Rio continuou desafiando a paulista: movimentou R$ 150,6 milhões, com alta de 0,83% (Isenn).
As maiores altas do Ibovespa foram as da Acesita PN, com 7,2%, do Banco do Brasil PN, com 5,4%, e da Refripar PN, com 5,2%.
As maiores baixas foram as da Siderúrgica Riograndense PN, com -3,2%, da VCP PN, com -2,7%, e da CPFL, com 2,1%.
No mercado de câmbio, as cotações cederam para perto do piso da minibanda de flutuação, de R$ 0,004 a R$ 0,009 por dólar.
A moeda norte-americana usada no comércio exterior ficou em R$ 1,0041 para compra e R$ 1,0043 para venda.

Texto Anterior: Brasil quer conter entrada via Uruguai
Próximo Texto: Petrobrás prepara licitação para gasoduto
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.