São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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Tchetcheno dá ultimato a russos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um comandante militar tchetcheno disse ontem que os rebeldes farão novos ataques contra os russos caso os postos de controle do Exército não sejam desativados até o próximo dia 7.
O comandante Doka Makhaiev se mostrou indiferente à vitória de Boris Ieltsin. "Era esperado. Não há diferença para nós. Não torna as coisas mais fáceis para nós."
A população local afirma que os postos de controle em estradas são usados pelos russos para intimidar a população e arrecadar propinas.
A desativação dos postos é um dos pontos do acordo de cessar-fogo, em vigor na república.
O governo local, patrocinado pela Rússia, disse que 75,6% dos eleitores tchetchenos votaram, 70% deles em Boris Ieltsin.
Jornalistas, entretanto, viram pouca movimentação nas sessões eleitorais. A maioria dos tchetchenos acredita que o resultado foi fraudado para beneficiar Ieltsin.
Os tchetchenos libertaram ontem um sacerdote da Igreja Ortodoxa, mantido como refém havia cinco meses e meio.
Incêndio
Um grande incêndio atingiu ontem uma fábrica de produtos químicos na capital, Grozni. As chamas atingiram mais de 30 metros de altura, e a fumaça negra escureceu a cidade no fim da tarde.
As causas do fogo são desconhecidas, e não se sabe se há feridos.
O maior medo era de que as chamas se expandissem para uma refinaria de petróleo.

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