São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996 |
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Ministério quer método em posto público
AURELIANO BIANCARELLI
Em dois meses, começa a ser distribuído um manual que vai orientar os profissionais de saúde sobre os prós e contras de cada um dos métodos. "Até o final do ano, todas as unidades de saúde deverão orientar e oferecer os vários métodos", diz Paulo Afonso Kalume, médico da coordenação materno-infantil do ministério. Segundo estimativas do Fundo das Nações Unidas para a População, apenas 0,8% das brasileiras que utilizam alguma método está usando o diafragma. Nas regiões onde o diafragma está disponível, como no serviço da Unicamp (Campinas/SP) e no Rio Janeiro, a porcentagem sobe para 8% e 12% O índice também aumenta entre as mulheres com maior índice de escolaridade. Rita de Souza Pinto, do Programa de População das Nações Unidas, diz que o uso do diafragma pode chegar a 16% nos serviços onde há profissionais preparados. Segundo ela, o diafragma está disponível em cerca de cem centros do ministério que têm acordo com o Fundo de População. O diafragma distribuído é importado. O fundo estuda agora a possibilidade de comprar o diafragma da Semina, produzido em São Paulo. Método controlado "É um método controlado pela mulher", diz Rita. "A política do fundo é colocar todos os métodos à disposição da mulher." A concentração em métodos como a pílula -que predomina no Sul e Sudeste do país- e da laqueadura -no Nordeste- nem sempre é bom para a mulher. Um estudo realizado em 1992 por Carlos Alberto Petta, da Unicamp, mostrou que 17,2% das mulheres que tomavam pílula tinham uma contra-indicação séria para o seu uso. "Muitas mulheres estão tomando pílulas quando não poderiam", diz. (AB) Texto Anterior: Mulher brasileira testa diafragma 24 horas Próximo Texto: "Militante" ensina médicos no HC como tirar medidas Índice |
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