São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996
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"Militante" ensina médicos no HC como tirar medidas

DA REPORTAGEM LOCAL

Todas as semanas, Maria Luiza Eluf passa uma manhã no ambulatório de Planejamento Familiar do Hospital das Clínicas ensinando como se mede, como se coloca e quais as vantagens do diafragma. Seus "alunos" são médicos residentes em ginecologia e obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP.
Maria Luiza não é médica. É uma "militante" do diafragma formada em psicologia e sociologia. Percorre o país dando palestras a convite de médicos e instituições, apregoando sempre as vantagens desse método.
"Os médicos falam apenas dos benefícios da pílula", diz. "A maioria deles sai da faculdade sem saber medir nem colocar um diafragma."
Maria Luiza poderia ser acusada de advogar em causa própria. Ela é proprietária da Semina, uma pequena indústria de material educativo que criou e produz um diafragma de silicone, considerado melhor, mais durável e mais confortável. Tão bom que empresas norte-americanas já tentaram comprar a patente.
Nem todos os ginecologistas brasileiros, no entanto, sabem da existência do Semina. "Por acharem que o diafragma é caro e importado, os médicos nem chegam a recomendá-lo", diz Maria Luiza.
O diafragma da Semina custa entre R$ 20,00 e R$ 30,00 e dura entre cinco e dez anos.
Não é alérgico, não tem contra-indicações e pode ser utilizado por mulheres em qualquer idade.
Mas necessita de um profissional médico capaz de tirar as medidas e ensinar a colocá-lo.

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