São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996
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Estudos culpam fumo passivo

VINICIUS TORRES FREIRE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Associação Americana do Coração diz que fumantes passivos têm risco 30% maior de ter câncer ou doenças cardíacas do que aqueles que não aspiram a fumaça de cigarro. É a mesma taxa suplementar de risco de câncer no pulmão que correm as mulheres não-fumantes casadas com tabagistas.
Um estudo publicado este ano negou a relação do fumo com o câncer. Financiada por empresas fabricantes de cigarro, a pesquisa foi desacreditada. A indústria do tabaco continua a dizer, porém, que não foi provada a relação de causa e efeito, mas apenas uma associação, entre fumo e doença.
Não é mero jogo de palavras. Pesquisas como a da Associação Americana do Coração são estudos epidemiológicos. Isto é, aqueles que relacionam os diversos fatores que determinam a incidência e distribuição de uma doença em determinada população.
Esses estudos não são capazes de explicar os detalhes do mecanismo biológico que causa um tumor, apesar de parecer muito provável que onde há fumaça, há doença.
Além dos fatores ambientais, as doenças dependem da suscetibilidade da vítima, que pode ser hereditária. A ciência está tentando descobrir os vários fatores que se combinam para causar um câncer.
Cientistas acreditaram durante décadas que a úlcera era causada por uma vida pouco saudável. Há cinco anos, reconheceu-se que uma infecção por bactéria era a grande vilã dos estômagos.

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