São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996
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Inflação deverá ficar entre 12% e 15%

DA REPORTAGEM LOCAL

A inflação anual em dezembro deverá ficar entre 12% e 15%, prevê o governo e a maioria dos líderes consultados pela Folha.
Só discordam dessa previsão o polêmico ex-presidente da Fiesp Mario Amato e o não menos barulhento Vicente Paulo da Silva, presidente da CUT.
Amato admite que o índice poderá oscilar entre 15% e 18% ao ano e Vicentinho acha que a inflação poderá passar de 15%.
Ambos têm a mesma opinião quanto ao desempenho da balança comercial (equilíbrio em 1996) e aos investimentos diretos do exterior (acima de US$ 6 bilhões).
"O país vai crescer mais de 4,5% neste ano, não tenho dúvidas. O governo está apoiando a agricultura, a indústria nacional e as exportações. Vai ser fácil", diz Amato.
"E os estrangeiros virão investir em infra-estrutura, nas privatizações do setores de energia elétrica e de telecomunicações."
Desemprego
Para Vicentinho, o desemprego deve ficar como está.
"Só muito investimento produtivo pode fazer o emprego voltar a crescer. Mas o governo não dá os estímulos necessários para tanto", afirma o sindicalista.
Exemplo disso, para ele, são os juros elevados. Vicentinho prevê taxas ainda salgadas no final do ano: de 20% a 25% ao ano, para uma inflação superior a 15%.
O economista Paul Singer, professor da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo, sugere ao governo medidas adicionais para estimular o emprego e o crescimento econômico:
"O governo deveria proteger mais ainda a indústria local das importações, mas sem violar os acordos bilaterais de comércio."

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