São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996 |
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Prefeito quer copiar Brasil
DM
"Vejo como exemplos de administração as prefeituras de Porto Alegre, pelo orçamento participativo, e de Curitiba, pelo planejamento e valorização do meio ambiente", disse à Folha. O orçamento participativo é um fórum de representantes de bairros, eleitos pela própria comunidade, que define a aplicação das verbas municipais destinadas a obras públicas. Implantada por quase todas as administrações municipais do PT, a fórmula alcançou maior êxito na capital gaúcha, governada pelo partido desde 1989. Em Buenos Aires, além de ser proposta de governo, o orçamento participativo deve ganhar caráter institucional. "Pretendemos regulamentar a participação popular no estatuto da capital", disse a senadora Graciela Fernández Meijide, da coalizão de centro-esquerda Frepaso, que presidirá a assembléia constituinte municipal. Eleição direta Para elaborar a proposta da Frepaso, Graciela obteve informações do prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, que esteve na capital argentina no início do ano. A coalizão, que ganhou 25 das 60 cadeiras da constituinte, pretende dividir a cidade em juntas zonais. Os moradores de cada junta elegerão quatro representantes, que levarão à prefeitura reivindicações sobre meio ambiente, saúde, educação e urbanismo. Segundo Graciela, o prefeito eleito não concorda com todos os pontos da proposta. "De la Rúa resiste à eleição direta dos delegados, mas achamos que essa é a única maneira de garantir uma verdadeira participação popular nas decisões", afirmou. Texto Anterior: Uso da máquina contaminou a eleição Próximo Texto: Ieltsin amansa jornais e suborna jornalistas Índice |
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