São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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Deputado aceita eventual sanção

DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Eduardo Jorge (PT-SP), 46, votou pela primeira vez contra a decisão do PT. O partido vai ainda discutir que tipo de punição caberá ao parlamentar.
Eduardo Jorge é considerado um especialista em saúde e Previdência. É também um rebelde no PT.
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Folha - Por que a CPMF é essencial?
Eduardo Jorge - A contribuição é de caráter emergencial. É dinheiro para atender o paciente que está na fila. Aprovando a CPMF, são dadas condições para tratar a saúde de forma mais definitiva.
O Jatene colocou a questão da saúde no centro da pauta de discussão. Nós, da esquerda, deveríamos ter entrado nisso. A CPMF é a forma de garantir o SUS.
Folha - Mas o Diretório Nacional acabou ficando contra o imposto.
Eduardo Jorge - O diretório reagiu como 60% da população, que achavam que seria um imposto a mais. Posicionou-se sem conhecimento de causa. Houve um vai-e-vem na bancada, no diretório, como na opinião pública.
Folha - Qual a consequência de seu voto no partido?
Jorge - Eu interrogo se eu rompi com a disciplina ou não. Estive com a maioria da bancada, que disse sim na reunião no dia da votação. Se o Diretório Nacional achar que devo receber sanção, não vou brigar.
Folha - E se tentarem a expulsão?
Eduardo Jorge - Expulsão, não!

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