São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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Votação aumentou divergências no PT

DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Divergências internas no PT em relação à criação do novo imposto sobre o cheque (a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) levaram o deputado Eduardo Jorge (PT-SP) a quebrar a disciplina partidária e votar contra a determinação do diretório do partido.
Uma reunião tensa antecedeu a decisão de Jorge. Na reunião se decidiu que os deputados do partido votariam contra a CPMF. Ontem, o comportamento do PT foi alvo de críticas.
Um grupo de deputados considera que o partido não fez política quando se negou a negociar.
Eduardo Jorge chorou no plenário durante a votação do projeto, depois de ter discutido com o colega Arlindo Chinaglia (SP).
Um grupo petista acusou Chinaglia de fazer uma manobra na reunião, depois que a maioria dos deputados havia votado a favor de modificar a decisão do Diretório Nacional do partido.
Em meio a gritos e palavrões, a líder do partido, Sandra Starling (MG), encerrou a reunião e defendeu o voto contra a CPMF, seguindo a determinação do diretório.
Resultado: 22 deputados declararam seus votos a favor do imposto, mesmo votando contra.
A leitura da lista provocou a intervenção do presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), durante a sessão. "É a bancada toda, deputado?" perguntou, em tom de exclamação.
O deputado Arlindo Chinaglia evitou falar das discussões. "Foi mais um round na disputa política dentro da bancada no caso da CPMF", disse o deputado.
Eduardo Jorge procurou amenizar o bate-boca. "A bancada do PT é assim. As disputas são sempre apaixonadas", disse Jorge.

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