São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
FHC vai cobrar mais resultados a curto prazo da área de Jatene
SÔNIA MOSSRI
FHC mobilizou o governo para aprovar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) na Câmara -ainda falta a votação em segundo turno na Casa-, mas quer mudanças rápidas no SUS (Sistema Único de Saúde). O próprio Jatene sabe que sua sobrevivência no cargo após a reforma ministerial que FHC pretende fazer após as eleições municipais depende de resultados rápidos. Por isso, ele já começou a negociar com o ministro Pedro Malan (Fazenda) a busca de mais recursos para seu ministério. Dando como certa a aprovação da CPMF na votação em segundo turno na Câmara, Jatene quer uma antecipação de R$ 1,2 bilhão do Tesouro ou do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) até que a contribuição comece a ser arrecadada. Hospitais O Tesouro desembolsa mensalmente R$ 650 milhões para a Saúde. Desse total, R$ 600 milhões são gastos com o pagamento dos hospitais credenciados junto ao SUS. Além disso, a Saúde acumula uma dívida de mais R$ 500 milhões com fornecedores. São débitos da FNS (Fundação Nacional de Saúde), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Ceme (Central de Medicamentos). Jatene negocia com a Fazenda um empréstimo de R$ 1,2 bilhão para pagar os débitos da Saúde. Como o Tesouro resiste, a principal alternativa é um financiamento do BNDES, utilizando recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Apoio a Jatene Até agora, FHC tem dado apoio a Jatene, mesmo com o bombardeio que o ministro sofre junto à cúpula do PSDB e a colegas de governo. Texto Anterior: Empresário diz que novo imposto é inflacionário Próximo Texto: Contribuição vai beneficiar particulares Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |