São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo FHC é tema de perguntas

JOSÉ GERALDO COUTO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O público do debate sobre "Diretrizes da Educação Brasileira", realizado ontem na PUC, submeteu o filósofo José Arthur Giannotti a uma série de perguntas a respeito da política educacional e até da política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso.
Giannotti, que é amigo pessoal do presidente Fernando Henrique Cardoso, não tem participação no governo.
É membro do Conselho Nacional de Educação, que reúne 22 representantes indicados pela comunidade acadêmica em lista tríplice (três para cada vaga) e nomeados pelo presidente da República.
Mesmo assim, ao ser questionado sobre a ajuda do governo ao setor financeiro, por meio do Proer (Programa de Apoio e Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional), o filósofo justificou a medida como necessária à manutenção da saúde da economia.
"Não foi um socorro aos banqueiros, mas a todo o sistema financeiro", disse.
Acrescentou que "os governos que não fizeram isso levaram a uma quebra do sistema e, consequentemente, a uma queda do PIB de 10% a 15%".
Giannotti afirmou que ainda tem "fortes convicções socialistas" e que a "supervalorização da universidade", em detrimento do ensino básico e do ensino médio, teve nos últimos anos o efeito de "distanciar ainda mais as classes sociais". (JGC)

Texto Anterior: Educação precisa de verba privada, diz filósofo
Próximo Texto: Coordenador do PAS é vaiado durante debate sobre o plano
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.