São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996 |
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Coordenador do PAS é vaiado durante debate sobre o plano
LUCIA MARTINS
Todo o discurso de Knoplich foi entrecortado de risadas e comentários do público. Estavam presentes representantes de entidades médicas e de funcionários contrárias ao plano. O PAS (Plano de Atendimento à Saúde) transfere a administração dos hospitais municipais de São Paulo para cooperativas de médicos. Os pacientes têm de se inscrever nos hospitais próximos da região onde moram. As pessoas não-cadastradas só recebem atendimento de emergência. Todas as pessoas que fizeram perguntas ao coordenador do PAS afirmaram que está havendo um desmonte do sistema de saúde. "Meus alunos deixaram os hospitais onde participavam de programas de prevenção de doenças. Os programas acabaram?", perguntou a professora de saúde coletiva da Faculdade de Psicologia da PUC, Odete Pinheiro. "Os programas continuam. O problema é que nós não podíamos deixar pessoas que não eram do PAS trabalhar ali", respondeu. Os representantes das entidades médicas afirmaram que o plano não dá atendimento a pacientes com doenças crônicas, que acabam voltando o SUS (Sistema Único de Saúde). "Pela lei do SUS, quem faz o atendimento terciário é o SUS. Ele tem mais competência para atender casos mais complexos", disse Knoplich. "Havia um plano de saúde privado que analisei lá no conselho que dizia que, nos casos de internação, o paciente seria levado para o SUS. É isso que faz o PAS", rebateu o presidente do Conselho Regional de Medicina, Pedro Henrique Silveira. (LUCIA MARTINS) Texto Anterior: Governo FHC é tema de perguntas Próximo Texto: Cidades de SP fazem cesáreas em excesso Índice |
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