São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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FHC critica critério de restrição

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ontem as barreiras não-alfandegárias impostas à carne brasileira no exterior, por causa da febre aftosa (que ataca o rebanho bovino).
Segundo FHC, há regiões no país onde a doença já está erradicada. Ele defendeu critérios regionais para que se adotem as restrições.
FHC participou ontem da abertura de uma conferência internacional sobre a erradicação da febre aftosa, no Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).
Segundo o Itamaraty, os EUA e a Coréia são países que estabelecem restrições à carne brasileira, devido à febre aftosa.
"Pelo porte desse país, será necessário atacar esse problema (a febre) regionalmente, por partes. É um incentivo a possibilidade de que aquelas partes que já se livraram da aftosa não sejam injustamente discriminadas em termos de barreiras não-tarifárias."
O presidente disse que a febre já foi "praticamente" eliminada em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A maior incidência da doença é na Amazônia e no Nordeste.
"Temos feito um esforço enorme no que diz respeito à abertura dos nossos mercados e à nossa obediência às regras do comércio internacional. Muitas vezes, em detrimento de setores da produção local. Não podemos aceitar que se imponham barreiras ao nosso comércio", disse FHC.
FHC afirmou que o Brasil tinha 2.000 focos da doença em 1992. Hoje tem apenas 50, segundo ele.

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