São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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La Tartine atrai com bom preço

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Em Paris há bistrôs de todo tipo, dos mais baratos aos mais sofisticados. Já em São Paulo, eles são quase sempre caros. Uma das poucas exceções é o restaurante La Tartine, aberto em maio.
A fórmula de ter os donos no salão servindo cozinha tradicional num ambiente simples já seria suficiente para descrever o clima de bistrô transmitido pelo La Tartine. Mas não é só isso.
Os donos não somente ficam lá o tempo todo, como também moram no mesmo imóvel, no andar de cima. Para completar, o proprietário da casa é francês mesmo.
Zavié Le Blanc, 33 anos, vive no Brasil desde os anos 80. Já foi músico (era membro do extinto grupo de rock Metrô) e é casado com Claudia Junqueira Homem de Mello, 25, com quem divide a administração do restaurante.
O La Tartine passa um pouco a sensação de ser o restaurante certo no lugar errado (a vidraça para a rua mostra uma paisagem triste, as salas são apertadas); mas o esforço de ambientação ajuda a esconder o acanhamento das instalações e dar-lhe um ar de acolhimento.
O La Tartine começou abrindo para o almoço. Tem um cardápio pequeno, centrado em quiches e terrines, e reforçado diariamente por sugestões de pratos mais substanciosos.
Receitas herdadas da avó e da mãe de Zavié, Arlette, compõem a atraente seção de patês. A rillete é um patê de carne de porco, quase cremoso e leve; o paté de campagne, também com carne suína, é mais firme, consistente e bem temperado. Como entrada, também há uma oferta de saladas -simples e gostosa é a de queijo de cabra, folhas verdes e nozes (o queijo vem quente sobre torradinhas).
As quiches, servidas com saladas, são opção de prato quente, da clássica quiche Lorraine à de alho-poró, todas capazes de impedir que o gosto de ovo se sobreponha ao dos demais ingredientes.
A cada dia um diferente prato é oferecido. Uma leve blanquette de vitelo nas terças-feiras, o salmão (um pouco ressecado) com batatas da sexta, o generoso cassoulet dos sábados.
Quinta e sexta o restaurante abre também à noite, servindo respectivamente pato com laranja e cuscuz marroquino. Sempre pratos tradicionais, acompanhados de vinhos regionais franceses de preços honestos.

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