São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996 |
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Strindberg retrata o interesse na peça 'A Sonata Fantasma'
DANIELA ROCHA
A história começa numa manhã de domingo, quando um velho e um estudante se encontram em uma praça. O velho convence o estudante a entrar e conhecer uma bela casa próxima a eles. A casa é habitada por fantasmas vivos, que vão sendo desmascarados aos poucos pelo velho, que, por sua vez, também é desmascarado. "Strindberg faz uma crítica às pessoas que vivem como fantasmas, que vivem em função de ostentar sua riqueza", afirma Pink. Para ele, o autor "desbanca os preceitos alienantes da aristocracia, da família, da igreja". "Uma série de metáforas são usadas: vivemos em um mundo que é um necrotério, existe uma cozinheira, que devia ser a provedora de alimentos, mas é uma vampira." Mesmo com referências na realidade, Pink brinca com o "fake" nos cenários e no figurino. "O cenário é mágico. O espectador tem vontade de entrar. E os figurinos têm dourado, alusão à nobreza." Na trilha, entram de Wagner a Ray Conniff. "O texto tem um humor, uma ironia. É um drama cínico que mostra que todas as relações humanas são patológicas, todos vivem de interesses, como parasitas. Nem o amor salva." Peça: A Sonata Fantasma Autor: August Strindberg Direção: André Pink Elenco: Germano Melo, Marcelo Reis, Maria Angélica Angelucci, Milton Mota, Regina França e Suzan Damasceno Quando: estréia hoje, às 21h, sex e sáb, às 21h, dom, às 20h Onde: Auditório Alceu Amoroso Lima (r. da Consolação, 2.341, centro, tel. 011/255-1384) Ingresso: R$ 15 Texto Anterior: '1337' revela a fraternidade com traços de assassinato Próximo Texto: Acervo beneditino espera patrocínio Índice |
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