São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996
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Belgas procuram filhas desaparecidas

Carta diz que meninas vieram ao Brasil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O desaparecimento das crianças belgas Julie Lejeune e Melissa Russo -ambas de 8 anos- vai mobilizar a Polícia Federal.
Seus parentes suspeitam que elas tenham sido vendidas a um casal brasileiro, para adoção.
"Tivemos informações de que os brasileiros abastados preferem adotar crianças européias, loiras", disse à Folha Jean Denis Lejeune, pai de Julie.
Depois de um ano procurando as filhas, Lejeune e Alberto Gino Russo receberam uma indicação do paradeiro das meninas no Brasil. Eles chegaram ao país na última sexta-feira.
Há dois meses, receberam uma carta anônima afirmando que as filhas teriam desembarcado em 95 no porto do Rio.
Elas faziam aula de dança juntas. Em 24 de junho de 1995, saíram de casa em Lige (100 km de Bruxelas) para ensaiar e foram vistas entrando no carro de um homem. Desde então, não foram mais vistas.
A carta foi escrita por alguém que se identificou como um "antigo navegador da marinha mercante". Ele seria cozinheiro do navio que trouxe as meninas ao Brasil.
Dizendo-se arrependido após ter visto uma reportagem sobre o sequestro na TV, o autor da carta disse que toda a tripulação foi subornada para não falar nada.

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