São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996
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Dono deve decidir, diz sindicato

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Abredi (Associação de Bares e Restaurantes Diferenciados), advogado Percival Maricato, 52, diz que a lei federal não permite multar, mesmo que seja regulamentada nesse sentido.
"Só uma nova lei poderia prever multas", afirma.
Ele acredita que haverá estabelecimentos na cidade que se preocuparão em evitar o cigarro, exceto em fumódromos, como diz a lei.
"É uma questão que cada dono deve decidir", afirma.
Como não há multa prevista, diz, o máximo que o responsável pelo bar pode fazer, caso o cliente insista em fumar, é chamar a polícia para obrigá-lo a parar.
Ele duvida que alguém faça isso.
Em seu restaurante, o Danton, em Pinheiros (zona oeste), não haverá proibição ao fumo.
Na opinião de Maricato, a lei estadual, que prevê pelos menos 50% da área de bares e restaurantes para não-fumantes e é respeitada pela maioria, pode estar em desacordo com a nova lei.
Assim, perderia validade. "Só que o texto federal está mal esclarecido. É preciso esperar para ver."
Estado
Ontem, o secretário estadual da Justiça, Belisário Santos Júnior, informou, por intermédio de sua assessoria, que considera a lei estadual ainda em vigor.
Ele afirma que o texto sancionado exige interpretação. Os fumódromos não precisariam necessariamente ser isolados e destinados apenas ao cigarro.

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