São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996
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Índice Dow Jones puxa queda da Bovespa

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo segundo dia consecutivo, as Bolsas brasileiras (asiáticas e européias também) seguiram a tendência de baixa da Bolsa de Nova York e desabaram.
O índice da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em queda de 2,16%, a 62.934 pontos, após recuperar-se de uma queda livre de até 5,7% às 14h30. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, chegou a despencar 3,2%, mas recobrou vitalidade à tarde e terminou em alta de 0,17%.
Após o horário de almoço, quando o Ibovespa rastejava próximo a 60.600 pontos, os operadores pensaram que um novo "crash" das Bolsas estaria a caminho. Segundo a lenda, a Bolsa de Nova York despencará no 56º dia após sua maior alta -o que, se for verdade, será amanhã.
Considerada o motor das Bolsas internacionais, a de Nova York estaria sobrevalorizada e precisando de uma correção, comentaram operadores às agências internacionais de notícias.
Embora esteja a oeste das Bolsas asiáticas e européias, tomando-se o meridiano de Greenwich por referência, a norte-americana comanda uma espécie de "efeito dominó anti-horário".
Cada ponto percentual de alta ou de baixa nas taxas dos títulos do Tesouro dos EUA altera o endereço de bilhões de dólares aplicados em vários países.
Como há incertezas sobre o destino desses juros -não se pode afirmar que ficarão onde estão ou que subirão, pelo menos no curto prazo-, as especulações são intensas e respingam por todos os centros financeiros internacionais.
Para confundir ainda mais o cenário, ontem a Bolsa de NY caiu também devido a resultados ruins divulgados por algumas empresas.
Isso daria motivo para os trilionários fundos de pensão realocarem seus investimentos em ações. Coisa de gente muito grande.
No mercado de câmbio, tudo ficou parado. O dólar fechou estável, a R$ 1,0060 para compra e a R$ 1,0061 para venda, no piso da nova minibanda. A expectativa de variação cambial continua em 0,6%.

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