São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996
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Wall Street despenca, mas se recupera

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A Bolsa da Valores de Nova York viveu dia frenético ontem, com o índice Dow Jones tendo oscilado 220 pontos em duas horas. No final, fechou em alta de 9,25 pontos. Na véspera, o índice Dow Jones já havia caído 161 pontos.
A tendência de queda só foi revertida a partir de 12h, quando foi divulgado que a inflação no mês de junho foi de apenas 0,1%, e não maior como alguns antecipavam.
Os receios dos investidores se intensificaram esta semana porque o presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, presta depoimento à Comissão de Finanças do Senado amanhã, quando poderá indicar se pretende ou não elevar as taxas de juros.
Assessores de Alan Greenspan, presidente do Fed, afirmaram que ele não vai dizer amanhã se tem ou não intenção de aumentar os juros, mas que sua avaliação será de que a economia dos EUA vai bem e não precisa de grandes ajustes.
Está praticamente eliminada a possibilidade de o Fed realizar reunião extraordinária para aumentar juros, como se chegou a especular no início do mês, quando se divulgou o mais baixo índice de desemprego da década.
A aprovação pelo Congresso do aumento do salário mínimo e a maior elevação do salário médio do país em 31 anos foram outras notícias que levaram muitos analistas a acharem provável o recrudescimento da inflação e consequente ação do Fed para contê-la com juros mais altos.
Agora, acredita-se que se algum aumento de juros for decidido na próxima reunião do Fed, em 20 de agosto, ela será muito pequena. Há 18 meses que os juros não sobem nos EUA. Para o presidente Clinton, a manutenção das atuais taxas de juros é importante como argumento eleitoral.
(CELS)

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