São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996 |
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Crédito tem acesso complicado
FREE-LANCE PARA A FOLHA O acesso a um empréstimo pode ser tão difícil quanto a renegociação de uma dívida.A afirmação é de Mário César Machado, 43, um dos oito sócios de uma clínica que foi construída em Angra dos Reis (RJ). Os médicos tentaram conseguir um empréstimo de R$ 600 mil do BNDES. Os oito sócios construíram um hospital de 1.400 m2 e precisam de dinheiro para adquirir a mobília e iniciar o funcionamento. "O Banco do Brasil exigiu uma cautela em bens particulares. O próprio hospital e terrenos não serviram", afirma Machado. Consultaram mais um banco e agora estão recebendo orientações do Bradesco para concluir a documentação para o BNDES. Segundo o Antônio Alberto Mazali, superintendente-executivo de crédito Banco do Brasil, o hospital não vale como garantia. Ele explica que no caso de não-pagamento, o hospital seria arrestado (tomado judicialmente) e fechado. "Não podemos fazer isso porque fechar um hospital é um dano social", diz Mazali. Renato Hofmeister Antoniazzi, 36, espera há dois anos uma resposta do Banco do Brasil. Ele tem uma empresa de serviços em informática e quer modernizá-la. Antoniazzi não obteve resposta até fevereiro deste ano, quando o banco resolveu incluí-lo no FAT (Fundo de Apoio ao Trabalhador). "Mas agora querem que eu refaça o projeto, porque os equipamentos estão ultrapassados." O BB não se pronunciou sobre o caso. Texto Anterior: Bancos emperram negociações Próximo Texto: Telefone passa a ser garantia Índice |
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