São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996 |
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Trancas dificultam saída
ROGERIO WASSERMANN
Segundo os moradores, praticamente todas as portas ficavam trancadas com cadeados e correntes durante a madrugada. A diarista Maria Francisca Souza de Oliveira, 24, só conseguiu sair de seu cômodo, onde vivia com o marido, depois de arrombar a porta. Maria Francisca está grávida de nove meses. "Estava tudo trancado, e eu não encontrava a chave. Entrei em desespero e tive que arrombar a porta para conseguir sair", afirmou Maria Francisca. A diarista afirma que estava dormindo no momento em que o incêndio começou. "Acordei com a gritaria. Na hora que eu vi, já estava tudo tomado pela fumaça", afirmou. Ontem de manhã, Maria Francisca ainda reclamava de tonturas, provocadas pela ingestão de fumaça. Sem documentos O pizzaiolo Claudionor Souza Bispo, 26, que morava no alojamento com a mulher, Edinéia Santos Silva, 21, e três filhos com idades entre 1 e 4 anos, também disse que teve dificuldades para sair do cômodo onde morava com a família. "Não conseguimos tirar nada dali, perdemos até os documentos", afirmou Bispo. Texto Anterior: Sete dos dez mortos no fogo eram crianças Próximo Texto: Estampador salva calça e tênis Índice |
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