São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996
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Ações de despejo voltam a crescer em SP

DA REDAÇÃO

As ações de despejo por falta de pagamento de aluguel voltaram a crescer em São Paulo. Em julho, deram entrada no Fórum da capital 4.028 ações, contra 3.753 no mês anterior, o terceiro de quedas consecutivas.
A média mensal desse tipo de ação judicial, afirma Hubert Gebara, da Hubert Imóveis e Administração, era de 2.400 nos últimos nove anos. De janeiro a julho de 96 a média mensal saltou para 4.070.
Gebara relaciona este aumento de 69,6% a dificuldades financeiras vividas pelos paulistanos e observadas em outros setores. O desemprego, por exemplo, é uma das causas da inadimplência.
No ano passado, a taxa de desemprego total ficou em torno de 13%, subindo para o patamar de 16% em 1996, conforme dados da Fundação Seade e do Dieese.
Não assusta
Apesar do aumento das ações por falta de pagamento, ele afirma que em termos relativos "o número não assusta", pois São Paulo tem cerca de 1,4 milhão de imóveis locados, segundo o IBGE. De aordo com Gebara, porém, o índice ainda é relativamente baixo.
Gebara lembra, também, que uma ação por falta de pagamento não resulta necessariamente em despejo. O inquilino pode "purgar a mora", ou seja, quitar seu débito, ou fazer um acordo com o proprietário, solução incentivada pelos próprios juízes, diz ele.
As ações de procedimento ordinário, que incluem a chamada "denúncia vazia", estão relativamente baixas, conforme dados colhidos pela Hubert no Fórum.
Foram 684 em julho, quatro a mais que as de junho. O recorde deste ano foi em março, com 1.153 ações, "mas em outras épocas o número girava em torno de 3.500 por mês", informa Gebara.
Ele tem observado que, para esse tipo de ação, aumentou o número das que envolvem locação não-residencial e comercial, e diminuiu o das residenciais.

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